"O Retorno de Saturno"
"Ocorre entre o período de 28 a 30 anos, aproximadamente, e indica o primeiro passo rumo à maturidade. Esta fase, que dura 2 anos, nem sempre é vivida com alegria; na verdade, passamos a olhar para a vida por uma nova perspectiva. É uma época de separação e de definição da qualidade da vida emocional. É o momento de reavaliar os valores íntimos. O indivíduo questiona todas as informações que recebeu e como estruturou sua vida.
Em decorrência desses questionamentos, relacionamentos podem terminar, metas podem se alterar. Há uma sensação de rompimento de vínculos. Há uma disposição inconsciente de explorar alternativas daquilo que se tem na vida, com uma sensação de aventura somada a um medo de perda, o que lembra a fase de crescimento entre o nascimento e os 3 anos de idade, quando a pessoa começa a se afastar da mãe. Como naquela fase, agora a pessoa pode sentir medo e dúvida em relação a querer crescer ou não. Algumas pessoas aceitam o chamado à aventura, assim como outras ficam estagnadas pelo medo e por resistência ao novo. Ser responsável pela suas decisões, saber estruturar sua vida, desenvolver a autoconfiança e tornar-se adulto, estruturar sua vida de acordo com o que acredita, abdicar de uma estrutura confortável e conformista, são questões que podem gerar medo e, ao mesmo tempo, impulsionar para uma nova aventura: construir sua própria vida como indivíduo adulto e responsável por suas decisões."
Sonhando acordado? Por que tanta dificuldade em fazer meus sonhos realidade "dormidos ou acordados".
Vivo num turbilhão de pensamentos, sonhos, idéias, tristezas, alegrias, tesão, amor, ódio e mais um monte de coisas. Nunca consigo organizar nada disso enfim, vivo numa bagunça que muitas vezes nem eu me encontro.
Quantas oportunidades perdidas por medo, insegurança, conformismo, procrastinação etc etc etc.
Hoje chegando bem perto dos meus 28 anos :-( vi que na vida pra se viver de verdade é preciso coragem e dizer foda-se pra quase tudo. O mundo quer te agarrar, te prender, te amarrar.. Quando digo "o mundo" me refiro mais às pessoas que vivem nele.
Conviver é o maior desafio que temos nessa vida DEFINITIVAMENTE! Pior ainda é conviver com as nossas reações às reações dos outros com relação ao que aparentamos ter e ser. Resumindo: quanto mais pensamos nos outros mais nossa vida torna-se uma porcaria! Chata pra caralho mesmo! Uma competição eterna de quem tem mais, de quem tem mais amigos, de quem tem o melhor carro, a melhor roupa o melhor parceiro(a) enfim, a melhor vida.
Deixei de fazer muita coisa na minha vida até agora, NOSSA! Sempre fui carente, muito carente! Isso foi a grande merda da minha vida!
Passei boa parte da minha vida tentando arrumar alguém para preencher um vazio em mim que só eu mesmo poderia preencher. Sofri pra caralho e fiz drama pra caralho também. Deixei de viver muitas coisas mas também vivi muitas outras, várias.
Sem apologia alguma mas: Já bebi muito, fumei, cheirei, tomei bala, baforei enfim só não injetei nem fumei crack por que eu não sou tão idiota, aliás não SEJA! Além de eu ter me relacionado com diversas pessoas que apesar de algumas dessas, eu ter me relacionado apenas pela carência citada acima, me trouxeram um monte de experiências a aprendizado. Aprendi a fazer o bom e o ruim que por sinal hoje sei bem diferenciar (eu acho).
So now, where do I go from here? Não sei, MESMO!
O que mais me incomoda hoje em dia é a minha incapacidade em ver graça nas coisas que eu antigamente amava fazer. Eu sonhava em morar fora, nos EUA talvez, mas também me interessava pela Europa (essa eu já fui e realmente não vi graça). Hoje em dia não, quero ficar no meu canto, morar aqui mesmo no meu país onde já sei lidar com as falcatruas e truques desse povo estranho que é o nosso. Tenho preguiça de me imaginar aprendendo tudo de novo como lidar com as pessoas e o seu jeito de manipular os outros. Vai ver que lá é a mesma coisa que aqui.
Antigamente eu amava baladas! Achava tudo ali mágico, desafiador tipo um mundo à parte mesmo. Um lugar pra "ser eu mesmo". Agora me incomodo quando vou à esses lugares. Talvez seja o tipo de lugar que eu vá que é mais "geralzão" específico pra pegação. Não entendo as pessoas todas vestidas iguais, dançando iguais, tomando as mesmas drogas sem limites e se acabando pra depois chegar na segunda-feira e ficar postando frases depressivas no facebook.
Ao mesmo tempo eu me sinto como aquela menina da série Awkward da MTV, um peixe fora da água quando vou nessas baladas. Sou um cara bonito mas mesmo assim me sinto um lixo. Tenho medo de rejeição até quando não estou procurando ninguém por estar acompanhado. Acho que é a tal carência, necessito confete pra me sentir bem.
Enfim, eu confesso que a sensação é tentadora ao mesmo tempo. Gente bonita cheirosa "querendo copular" kkkk. Pois é sou humano e isso me atrai de certa forma e me culpo por isso... Mas isso é assunto para outro post.
Eu raramente vou para baladas, aliás tenho vivido enclausurado em casa na internet e em eventos chatos de família onde todo mundo odeia todo mundo, falam mal de todo mundo mas fingem que se amam e tiram fotos dando sorrisos e se abraçando. Além é claro do famoso "ai você sumiu!" ou "vamos marcar heim!". Vai ver que eles se amam de verdade, vai ver que isso é o amor. Odiar e amar ao mesmo tempo sei lá!
O Fato é: eu quero Viver! Viver do meu jeito!
Quer conhecer pessoas, lugares, tirar fotos, viver novas pessoas e melhores experiências, amar, sentir, sorrir, chorar, conquistar...Nossa tanta coisa presa aqui dentro. Como faz pra externar tudo isso sem magoar as pessoas que estão à nossa volta? Não quero ver ninguém triste, MUITO MENOS EU! Eu quero sentir o gosto da vida de novo se é que algum dia eu já senti o gosto da felicidade.
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